Muitos pais não sabem que é importante fazer o exame da criança ainda quando ela é um bebe, e outros sentem receio de que o exame oftalmológico não seja possível de ser realizado.
A visão se desenvolve é nos primeiros anos de vida e assim como falar e andar, enxergar também é um sentido que precisa ser estimulado e aprendido. A maturidade do sistema visual se completa no final da primeira década de vida e os 5 primeiros anos são considerados os mais dramáticos pois qualquer alteração nos olhos na primeira infância pode trazer consequências severas com sequelas para o resto da vida. Por isso o exame de vista na criança, ainda em fase pré-verbal é importantíssimo e neste post vamos mostrar que ele é possível de ser realizado independente da criança informar ou não as letrinhas da tabela.
O primeiro exame
O primeiro exame oftalmológico de uma pessoa deve acontecer ainda na maternidade. O chamado teste do olhinho, ou teste do reflexo vermelho, é obrigatório em alguns estados e faz parte da rotina do recém nascido logo nos primeiros dias de vida. Não é um exame oftalmológico completo e trata-se de uma triagem para doenças oculares graves, como catarata congênita, glaucoma congênita grave ou retinoblastoma.
Este teste pode ser realizado por pediatras sendo feito com um instrumento oftalmológico chamado oftalmoscópio. Esse aparelho emite uma luz que reflete nos olhos do bebe. O reflexo normal deverá ser vermelho brilhante, significando que não há nenhum impedimento para a formação da imagem na retina do bebê. Em caso de exame duvidoso ou reflexo anormal o pediatra deverá encaminhar a criança ao oftalmologista o quanto antes para realização de exames mais precisos.
Mães que tiveram suspeita de doenças infecciosas na gravidez devem ter seus bebes encaminhados para um exame de fundo de olho com o oftalmologista. Toxoplasmose e Zika são exemplos de doenças que podem causar problemas visuais no recém-nascido casos tenham sido contraídas na gestação
E depois?
Depois é sugerido uma visita ao oftalmologista a cada 6 meses até que a criança complete 2 anos, a seguir consultas anuais, ou mais caso o médico note alguma doença que requeira um tratamento prolongado.
Mas como o exame é feito?
A primeira etapa de todo exame seja no adulto ou na criança é uma boa conversa. O médico ira descobrir se a criança apresenta algum fator de risco para o desenvolvimento de problemas visuais. São exemplos: pais com doenças oculares, prematuridade, estrabismo e infecção na gestação.
Depois o oftalmologista deve contar com alguns itens que o ajude no exame como brinquedos, lanternas, tabelas próprias com desenhos, além de equipamentos apropriados como por exemplo o retinosocopio.
O teste da visão, chamado de acuidade visual, irá variar entre cada faixa etária. Bebês até crianças de 3 anos testa-se a visão com objetos e observa a fixação. O pequeno paciente deverá fixar e seguir com os 2 olhos. Existem também métodos especiais, como o teste de Teller e o potencial visual evocado que fornecem dados mais precisos da visão da criança. Não são necessários ser realizado em todos os casos, mas em pacientes com catarata congênita por exemplo são essenciais. Porém a não realização destes métodos não inviabiliza o exame. Um bom teste cobrindo os olhos da criança e observando sua fixação normalmente é suficiente. Quando a criança informar a visão podem ser usadas tabelas especiais com desenhos, bichinhos ou o E da tabela de Snellen, ensinando ao paciente a apontar a direção da ponta da letra.
O exame de motilidade ocular, usado para descartar estrabismo deve ser realizado em todos os pacientes pois existem alguns casos de desvio ocular que não são nítidos a olho nu, mas que são causas de baixa visão se não tratado precocemente. É um teste simples, que usa um oclusor ocular e um objeto de preferencia luminoso.
A refração na criança deve sempre ser realizada pingando gotas de colírio cicloplégico nos olhos. Muitos pais sentem pena devido ao desconforto causado pelo colírio, no entanto é um ardor passageiro e tolerável, e o exame com pupilas dilatadas é essencial. Afinal para definir se a criança tem ou não grau de óculos usa-se um aparelho chamado retinoscopio que emite um reflexo luminoso na pupila dilatada. Através desse reflexo o oftalmologista consegue prever o grau do paciente. Mesmo em crianças maiores, o famoso melhora e piora não é totalmente confiável, então a prescrição de óculos deve ser feita baseada nestes exames do que na informação do infante.
A avaliação das pálpebras e dos anexos oculares podem ser feito com lâmpada de fendas portáteis ou então no aparelho usado nos adultos. Com cuidado e com auxilio dos pais é possível posicionar o bebe e a criança e realizar o exame. O exame de fundo de olho também pode e deve ser realizado. Muitas vezes a criança deverá ser segurada, então neste momento os pais deverão manter a calma e ajudar o médico. Bebes e crianças cooperativas apenas uma conversa, ou com jeitinho e cuidado é possível realizar o exame.
Pacientes especiais, muito agitados e nada colaborativos em que haja suspeita de uma doença ocular deverá ser indicado o exame oftalmológico sob sedação. Mas por não ser isentos de riscos devido a necessidade de anestesia são indicado em ultimo caso. Então não se assustem se sua criança chorar ou agitar durante o exame. Isto é normal! Um profissional habilitado e paciente consegue contornar essa situação na maioria das vezes, evitando traumas e transformando a ida ao oftalmologista em mais um momento importante da infância!
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