O nistagmo é um movimento involuntário anormal dos olhos, oscilatórios e rítmicos. A palavra nistagmo vem do grego “Nystagmos” e faz referência aos movimentos da cabeça feitos por uma pessoa que cochila sentada. É dividido em duas categorias: o nistagmo pendular e o sacádico.
- Quadro clínico do nistagmo.
Os movimentos dos olhos podem ser horizontais, rotacionais e verticais. Muitas vezes, o quadro de nistagmo pediátrico vem associado à baixa acuidade visual. O paciente pode apresentar torcicolo e posição viciosa de cabeça. Existem os nistagmos que surgem na infância, mais precisamente em bebês, normalmente entre o 8º e 12º mês de vida, e podem estar relacionados a problemas visuais como catarata congênita, albinismo, doenças retinianas e toxoplasmose congênita. É frequente também em pacientes com Síndrome de Down. Nestes casos o paciente não apresenta sintomas vertiginosos. Já o nistagmo que surge na vida adulta após algum trauma craniano é altamente sintomático.
- Causas e fatores de risco do nistagmo.
O nistagmo na infância pode ter origem genética, sem etiologia definida ou associado a outras síndromes como albinismo e degenerações retinianas. O nistagmo na fase adulta ou adquirida tem como principais causas labirintite, lesões maculares e desordens neurológicas como Acidente Vascular Cerebral (AVC), tumores, esclerose múltipla ou traumas.
- Diagnóstico do nistagmo.
O diagnóstico do nistagmo é feito pelo oftalmologista durante a consulta de rotina. Quando observado, deverá ser investigado, já que o nistagmo é um sintoma que pode estar associado a outros problemas oculares e neurológicos. Exames de fundo de olho são essenciais, além de teste ortóptico para avaliar associação com outros estrabismos e avaliação da acuidade visual. Métodos de imagem como tomografia computadorizada e ressonâncias são exames habitualmente pedidos em caso do nistagmo na vida adulta.
- Tratamento do nistagmo.
O tratamento do nistagmo tem se mostrado limitado. Em crianças, é importante o acompanhamento da especialidade de visão subnormal para ensinar a criança a focalizar bem a imagem e melhorar o seu desempenho visual. O uso de óculos com prismas pode corrigir o mau posicionamento da cabeça e alguns especialistas optam pelo uso de lentes de contato para melhorar a focalização da imagem. O tratamento cirúrgico e o uso da toxina botulínica visam a eliminação do torcicolo, contudo, esta última é reservada para casos selecionados e não cura completamente o nistagmo.